Xênia França – Em Nome Da Estrela

Este lançamento tá difícil de defender.

Primeiramente, lembrando aqui que eu só avalio a prensagem em si. Se eu fosse avaliar a escolha de Xênia e discorrer sobre o Em Nome da Estrela seriam somente elogios. Acho a Xênia uma artista incrível e acompanho com dedicação desde o seu primeiro trabalho solo (não conheço tão bem a carreira do grupo Aláfia, de qual Xênia fez parte), também lançado em vinil exclusivamente pelo NOIZE Record Club.

Agora, aos fatos bons: a masterização é irretocável. Não tem clipping, tem boa separação, detalhamento, punch. O que a gente precisa num vinil. A capa nesse tamanho está linda, imagem de ótima qualidade, belíssimo poster.

O neutro:
A cor do disco, embora eu não ame, se encaixa. O que eu não amo é que NOIZE sempre usa o que parece estar em estoque na Polysom e não o que seria mais legal de fazer num disco colorido. Desde Don L, o clube tá devendo um disco realmente dourado, que seria ótimo num tom opaco no caso deste (ver uma das edições do Daddy's Home, de St. Vincent), e nesse, da Xênia, um metalizado seria incrível (pesquisem Alan Shorter - Orgasm, pela Vinyl Me, Please, e cês vão ver do que falo).

O ruim: Polysom, gente. Não dá mais. Simplesmente não dá. A primeira cópia que tive parecia real uma fogueira desde a primeira faixa. Disco de vinil novo não deve soar como uma lareira de tanto click, estalo, craquelado, e ponto final. A segunda cópia ao mesmo tempo que melhorou isso, veio com seus próprios defeitos típicos do controle de qualidade da Polysom: descentralizada no lado A e também no lado B. Não tem tanto crackle como a primeira, mas tem sua própria dose de ruído.

Se o selo não reclama, não devolve, não cobra a fábrica, ou sobra pra gente, ou a culpa é deles. Então o melhor que eu posso fazer é registrar.

Uma pena... Discaço da Xênia França, de novo. E uma baita show, por favor, confiram se conseguirem. Xaniqua não desaponta.

★★★☆☆

Pro-Ject X2
com Audio-Technica AT-VM740ML
VTF @ 2.1 gramas
Cambridge Alva Duo
Edifier S2000 Pro